Título: Eficácia da Aplicação do Banho de Clorexidina na Prevenção de Infecção da Corrente Sanguinea Associada ao Uso de Cateter Vascular Central em Unidade de Terapia Intensiva
Aluna: Suziane do Socorro dos Santos
Resumo:
As infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) são as principais responsáveis pela morbidade e mortalidade hospitalar, estando mais presentes nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) devido às situações de risco que os pacientes ficam expostos em virtude dos diversos procedimentos invasivos as quais são submetidos. Diante disso, os cuidados com esses dispositivos se tornaram os alvos prioritários das medidas de prevenção e controle de IRAS. Neste estudo se trabalhou exclusivamente na prevenção de infecção do cateter venoso central utilizando o gluconato de clorexidina (CHG) degermante como medida para evitar a infecção primária da corrente sanguínea associada a cateter venoso central (IPCS-CVC). O objetivo é avaliar a eficácia do uso do CHG na higienização do corpo para reduzir a incidência de IPCS-CVC em UTIs. Trata-se de um estudo observacional do tipo caso-controle aninhado em uma coorte retrospectiva, a partir de uma intervenção executada a priori através do Setor de Controle de Infecção Hospitalar (SCHI) de um estabelecimento privado de saúde na cidade de Belém-PA, no cenário de Unidades de Terapia Intensiva, em pacientes que fizeram uso de cateter venoso central, no período compreendido entre os meses de julho a dezembro de 2014, independente do sexo e idade, com a finalidade de tentar minimizar o risco de infecção hospitalar. A expectativa foi de que este tipo de intervenção promova uma redução estimada de 10% de casos de infecção em relação ao limite tolerável da instituição que é 3,2 casos por 1000 pacientes-dia. Neste estudo, as análises dos resultados de IPCS-CVC em UTIs não demonstraram diferenças significativas entre o grupo controle e de intervenção. Logo, o banho com clorexidina não interferiu na aquisição de IPCS-CVC. Supõe-se que isto pode ter acontecido devido ao fato de que o perfil dos pacientes estudados, com a maioria exibindo comorbidades ou algum fator de imunodepressão, se constituiu, então, como fator de risco elevado para o desenvolvimento de uma IPCS-CVC, prejudicando a validação da intervenção. Adicionalmente, o reduzido tamanho amostral pode ter interferido no poder do teste estatístico. Neste sentido, acredita-se que, outros estudos regionais e nacionais devem ser traçados na busca de melhor atender o perfil dos pacientes em UTI e a viabilização de métodos que possam garantir a aplicabilidade e a eficiência deste tipo de intervenção.
Banca Examinadora:
Prof. Dr. Evonnildo Costa Gonçalves
Profa. Dra. Irna Carla Rosario Souza Carneiro
Profa. Dra. Vivian Lúcia Aslan D’annibale
Profa. Dra. Rosane do Socorro Pompeu de Loiola (Suplente)
Local: SALA MAT 04- ICB/UFPA
Data: 29/04/2016
Horário: 10:30H